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CONVERSANDO SOBRE
CRUZEIRO À VELA V

A Polinésia

 

Quando nos referimos a este local, de imediato se abrem às gavetas azuis de nossa memória, e surgem as lindas e incríveis imagens do Pacífico, O MAR DO GUARDIAN. 

Dos nossos cruzeiristas brasileiros, poucos foram aqueles que tiveram o privil[egio de navegar pela Polinésia. Aliás, contam-se estes nos dedos das mãos. 

O estar do Hawaii, na Nova Zelândia, a terra dos Maoris, responsáveis pelo descobrir da Polinésia, é inegavelmente o colher do sonho de todo navegante.

Ilhas de indiscutíveis belezas, onde os ilhéus ainda guardam aquela amabilidade impar que os caracteriza, tudo é cercado de simplicidade e alegria. 

Destes locais, onde ainda se sente o constrangimento, é a Polinésia Francesa, dos poucos do mundo de hoje, onde o jugo colonialista permanece. 

E, tratando deste assunto, colonialistas, ainda explodiram recentemente mais uma bomba atômica no Atol de Mururoa, extirpando toda a fauna e flora marinha por séculos, num local que é o próprio paraíso. 

Os Cortez, Pinzon, Mendana e Chirac passam para a história como desejadores de gente, culturas e da Terra.

Quando hoje vimos nos noticiários e meios de comunicação do mundo inteiro, os fervorosos ataques Yanques ao Iran, por suas pesquisas nucleares, nos lembramos que os mesmo contestadores foram os que acabaram com as Midway e a belíssima cultura hawaiana. 

A Polinésia, todavia segue seu inexorável destino de ser o paraíso na Terra.

A palavra amor, se expressa em todas as suas canções, sua forma de vida e cultura. 

O irmão Mar e o seu elemento maior, em todos os seus níveis e detalhes desde o mínimo ao máximo. O irmão Sol e a irmã Lua são assim tratados por serem os elementos que os elevam, a vida e ao espírito. 

É notável ouvir as histórias e lendas dos povos da Polinésia, seus heróis sua alegrias e tristezas. Nos transportamos a outro patamar onde as mazelas do homem branco não estão presentes e nem pode macular.

Quantos e notáveis momentos vivenciamos na Polinésia, sentimos estar presente e sempre o relacionamento maior, principalmente conosco, navegantes ainda que modernos, o elo de ligação de ligação e entendimento com os povos destas incríveis e inesquecíveis ilhas, onde alienações como inveja, arrogância, vaidade e maledicências não se fazem presentes. 

Aqueles que desejarem realmente viver uma vida de navegante, de conhecer os oceanos do mundo, jamais poderão fazê-lo sem antes estar presente e conhecer este dadivoso local profundamente.

Por vezes, e agora mesmo no Caribe, procuramos estabelecer comparações, mas não há como, o turismo maculador e colonialista acabou com o Caribe. Mesmo que tal ainda venha ocorrendo no Tahiti e algumas ilhas da Polinésia Francesa, até que chegue ao ponto que encontramos no Caribe ainda haverá de passar bom tempo. No Caribe, todos os elementos culturais foram alijados e esquecidos e só existem os deixados pelo colonizador e suas mazelas, em destaque a maior delas, a escravidão. 

Louve-se a Polinésia, face a ter o continente Americano separando a África da Oceania, os navios negreiros por lá na se houveram. E, por tal, o racismo que encontramos no Caribe e inexistente nos Mares do Sul. 

O que sentimos em muito foi ver o Hawaii americanizado, e parte da Polinésia afrancesada, coisas que depõem e maculam, e nos demonstram não haver a mínima de manter suas culturas intactas, principalmente para estes que inegavelmente foram os maiores navegantes de todos os tempos dos mares de nosso planeta.

A Polinésia seguirá seu destino, e haverá de chegar o tempo em que todos estes aspectos negativos levados e introduzidos em sua cultura pelo homem branco, sejam esquecidos e banidos, de forma tal que permaneça sua cultura milenar, do ofertar sem pensar no retorno, do ser em agradecimento a seus deuses, pela beleza de sua gente e de seu incrível belo e acolhedor ambiente.

Jamais deixaremos de apor ser o Pacífico e a Polinésia, o Mar é o local do GUARDIAN. Mas, breve estaremos novamente navegando por lá. 


 

 João Sombra

Maio 2007
 


  
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