,




 

 

 

 
 


Desde 10.03.2006
Número de Visitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONVERSANDO
SOBRE CRUZEIRO II

Não carece ser um famoso navegador, ou um luminar náutico, para entender a influência da Lua e suas fases, na navegação de cruzeiro a vela volta ao mundo. Se bem, que conhecemos algumas destas figuras, que jamais souberam desta arte.

Quando nos encontrávamos no Hawaii, mais precisamente na Ilha de Oahu, em North Shore, na Marina de Haleiwa, travamos conhecimento e posteriormente uma excelente amizade, com o conhecido internacionalmente navegador polinésio Nanoa Thompson.

Hawaiano tradicional, que realizou numa réplica dos catamarãs polinésios e sem nenhum instrumento a bordo, em sua HOKULEA, viagens até ao Tahiti e toda Polinésia Francesa, chegando à terra de seus ancestrais, AOTEAROA, a Terra da Longa Nuvem Branca, a Nova Zelândia, a terra dos Maoris.

Nanoa entre outras e diversas informações que nos repassou sobre o velejar no grande Pacifico, nos ensinou a observar a lua e suas fases, principalmente na zona equatoriana, onde por razões óbvias, este astro exerce maior influência sobre as águas na Terra. 

Os polinésios, os maiores e grandes navegadores, de todos os tempos, já haviam cortado e singrado as águas do Pacífico, milênios antes dos grandes descobrimentos. Sempre tiveram na Lua, alias como a maioria dos povos indígenas de todo o mundo, o seu informativo de calendário, sem segredos e sem erros.

No que tange a navegação, a Lua dita normas de conduta que devem ser muito bem observadas, principalmente por nós cruzeiristas internacionais que optaram pela vida de verão o ano inteiro, já que nas altas latitudes a influência desta bela dama, e pouca ou quase nenhuma.

A Lua exerce forte influência nas marés, mais proeminentes em sua fase Nova e Cheia, e de menores variações em suas fases de quarto, minguante ou crescente. 

Assim, e fundamental também observar outro notável fator. Do crescente a cheia, e o tempo de maior influência da Lua nas forças da natureza terrestre. Do mesmo modo da cheia a crescente, e o tempo de menor influência da Lua nas forças de nossa natureza.

Isto se aplica até aos seres humanos e animais. Uns se exaltam mais facilmente no período crescente, o corte do cabelo nesta época fortalece-o, os nascimentos ocorrem mais nesta época. Neste aspecto, e até facilmente entendível, face a bolsa d’água onde se encontra a nova vida, sofrendo com a Mãe, influências da Lua. Tanto que e mais fácil e com precisão mais rigorosa contar não pelos meses mais sim pelas Luas, os nascimentos. 

Entretanto, o fator principal para nós cruzeiristas, se encontra na época do minguante. As travessias, as passagens, ou estar em áreas afetas a Furacões. E certeza absoluta, que estes fenômenos naturais ocorrerão com muito mais freqüência na época do crescente. 

Fazer sempre o Máximo para realizar as grandes travessias na época do minguante, que vai de 3 dias após a cheia até 3 dias antes da Nova. Aí está o grande segredo, neste mister, dos navegantes polinésios. 

Há muitas outras técnicas de navegação polinésia que se fossemos dissertá-las, acabaria em outro livro com diversos tomos. E, de escrever livros já demos a nossa cota, são mais de 40 escritos. Como comenta nosso super Patriarca e amigo MAGA; 

Sombra, você escreve como um condenado!!! 

Agora, super mano MAGA, nem tanto, nesta 2ª viagem do GUARDIAN, escrevemos como quase condenado. 

Em nosso livro, O PEQUENO GUARDIAN, uma novela embasada em histórias reais ocorridas no Pacífico Sul, ouvidas quando por lá nos encontrávamos, que muitos pensam se tratar de livro para crianças, e na realidade, se assim o desejarem, um livro para crianças dos 8 aos 80 anos. 

Para nós, e todo escritor tem seu livro preferido, este o é. Nele brincamos, jogamos com os sentimentos, e não há uma só vez que ao lê-lo não nos encontremos em gostosas gargalhadas e, ou em momentos de lágrimas. 

Sem querer passar por vendedor, façam o tece, O PEQUENO GUARDIAN está no site oficial do GUARDIAN a disposição, e por custo muito favorável.

Pois bem, neste livro, há uma oportunidade, um trecho, em que o herói da narrativa, marca sua posição na carta, sem auxilio de qualquer instrumento, tão somente observando os astros. Exatamente como faziam os antigos navegadores polinésios. E, checado pelos oficiais do navio, e mais preciso e rápido. 

Os antigos navegadores polinésios se localizavam no mar pelos astros, tinham também um pequeno instrumento de fácil construção, que colocados sobre as ondas em uma determinada posição, informava o sentido do mar, leia-se corrente, e suas mutações para as próximas 72 horas.  

Pelo correr das nuvens, que no Pacífico existem mais freqüentemente em cima das ilhas, uma maneira até fácil de se orientar para alcançar terra, sabiam detectar a força do vento, sua direção e suas mutações. 

Enfim a navegação polinésia é algo notável e extraordinário. Foi passada de geração em geração, até o surgimento na área do homem branco, quando passaram a preservar este segredo. 

Morris West em seu O NAVEGANTE, dá pinceladas neste mister. Nós escrevemos um livro, exatamente sobre este tema denominado O SEGREDO DO NAVEGANTE, que narra o relacionamento de um filho de um carpinteiro vindo com a nave de Cook, colonizar o Hawaii, e faz amizade com o filho de um grande navegante, que e expulso da comunidade por acreditarem ter ele passado seus conhecimentos ao filho do colonizador.

Nesta história, além dos aspectos humanísticos tecemos inúmeras vezes comentários sobre aquilo que com Nanoa aprendemos. Infelizmente este livro se encontra em fase de revisão geral e guardamos para num futuro o concluirmos definitivamente. 

Tivemos a honra e o privilegio de recebermos de Nanoa Thompson, um exemplar de seu livro, OCEANO EM MENTE, que reporta em seu titulo tudo o que se trata sobre o velejar dos polinésios. Relata ele em detalhes, toda a história de sua HOKULEA, e suas navegadas. Inclusive quando dela saiu EDDYE AIKAU, para ir a terra e desapareceu, história que os surfistas de todo o mundo a conhecem.

Terminando esta conversa, deixamos dois exemplos de notáveis vivência deste extraordinário povo. 

Onde se originou os catamarãs que hoje se encontra tanto em voga pelos cruzeiristas internacionais... 

Onde se originou e pela primeira vez se ouviu falar dos homens que cavalgavam em ondas com pedaços de madeira, hoje o surf conhecido internacionalmente... 

Assim, irmãos e Almirantas, futuros cruzeiristas, deixamos com vocês estas linhas para reflexão, e sempre que possível, navegando em águas equatorianas, o acompanhar a Deusa Prateada e suas fases, alem de beleza e de fundamental importância.

       João Sombra
Maio de 2007


 

   Retornar à TEXTOS DAS 5ª FEIRAS